A chance de o negro fazer 18 anos é três vezes menor que do branco
Os números estão vinculados com o altíssimo nível de violência perpetrado contra a população negra, e, nos últimos anos, o risco relativo de um jovem negro morrer assassinado, em comparação com um branco, continua aumentando.
Em 2002, o índice nacional de vitimização negra foi de 45,6. Isto é, nesse ano, no país, morreram proporcionalmente 45,6% mais negros do que brancos. Apenas três anos mais tarde, em 2005, esse índice pula para 80,7%. Já em 2008, um novo patamar: morrem proporcionalmente 111,2% mais negros que brancos. Ou seja, o governo petista simplesmente duplicou a chance de um negro morrer, especialmente se vítima de violência policial.
Só no Rio de Janeiro, segundo os dados da letalidade policial, em 2009 foram 1.048 registros de autos de resistência, ante 855 em 2010. Só no primeiro trimestre de 2011, já foram registrados 168 homicídios por parte de agentes do Estado. Uma média de 56 mortos por mês, onde a polícia fala que houve troca de tiros com mortos.
A política do governo petista foi de total abertura para a intervenção militar nos bairros pobres e negros em troca dos dividendos da especulação imobiliária. O resultado é a chacina da população negra e trabalhadora.